terça-feira, 1 de novembro de 2011

Luís Carlos da Fonseca, nosso patrono.

Luís Carlos da Fonseca Monteiro de Barros, mais conhecido por Luís Carlos, nasceu no Rio de Janeiro a 10 de abril de 1880 e faleceu, também, no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1932.



Foi engenheiro civil e poeta brasileiro.

Era filho de Eugênio Augusto de Miranda Monteiro de Barros e de Francisca Carolina Werna da Fonseca Monteiro de Barros. Após o casamento mudou-se para Minas Gerais, e depois transferiu-se para São Paulo, onde foi trabalhar na Estrada de Ferro Central do Brasil e, finalmente, voltou para o Rio de Janeiro.
Escreveu inúmeras páginas poéticas, que Alberto de Oliveira classificou de "análises do sentimento das coisas, divagações filosóficas, intimidades, afeições domésticas".
Seus versos foram lidos, por Augusto de Lima, em 1917, na Academia Brasileira de Letras,
na qual ingressou pouco mais tarde.

Fundou a Hora Literária e, com ela, começou a aparecer no cenário literário da cidade, como membro da última geração dos poetas parnasianos brasileiros, com uma mistura de romantismo que diferencia do estilo parnaso, puro e simples.

Seus poemas, cada vez mais, ganharam espaços nos jornais e revistas da época. Entretanto, só publicou o seu primeiro livro em 1920.

O soneto "O Canhão", de sua autoria, está incluído entre os sonetos brasileiros mais populares.

Foi um poeta inspirado e sonoro, como demonstra neste soneto "Exortação":


Sofre, mas não declines da confiança
que, sereno, puseste no futuro!
Se és bom, tens o caminho mais seguro:
o bem é uma subida que não cansa.
Sofre, que o sofrimento é uma esperança
em quem deseja revelar-se puro.
- Que fora o claro se não fora o escuro?
Sem sofrimento, a glória não se alcança.
Não te assustem pedradas. Olha o mundo
com os olhos virgens dos relances da ira.
Vê que o solo, ferido, é mais fecundo.
E se tens na alma o Céu, por que temê-las?
As pedras que o homem contra Deus atira,
ao contato do Céu, tornam-se estrelas!
.

Obras

Colunas (poesia, 1920)
Encruzilhada (prosa, 1922)
Astros e abismos (poesia, 1924)
Rosal de ritmos (resumo histórico sobre a evolução da poesia brasileira, 1924)
Amplidão (poesia, 1933, póstumo)
Poesias escolhidas (poesias, 1970, póstumo)

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